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Histório do Forte Duque de Caxias

Publicado: Sexta, 04 de Março de 2016, 11h38 | Última atualização em Terça, 03 de Agosto de 2021, 15h49 | Acessos: 6050

1776 – Origem do Forte do Vigia

1823 – Forte foi guarnecido

1913 – Início da construção da atual fortificação

1919 – Entrega oficial do Forte do Vigia

1922 - Revolta do Forte de Copacabana

1924 - Encouraçado São Paulo

1930 – O Navio Baden

1935 – Mudança do nome para Forte Duque de Caxias

1945 - 2ª Guerra Mundial

1955 - Intervenção do Cruzador Tamandaré

1965 – Desativação do Forte Duque de Caxias

1987 – O FDC foi tombado

2010 – Revitalização do FDC

2021 – O FDC hoje

 

 

1776 - Origem do Forte do Vigia

A primeira instalação militar que foi levantada no alto do Morro do Leme foi mandada construir pelo Vice-Rei do Estado do Brasil, o 2° Marquês do Lavradio - D. Luis de Almeida Portugal - entre 1776 e 1779, e teve seu nome associado à sua finalidade, qual seja vigiar a entrada da Baía de Guanabara, daí Forte do Vigia ou da Espia.

 

1823 – Forte foi guarnecido

Somente após a nossa independência da metrópole, em 1823, é que o forte foi guarnecido com cinco canhões, dos quais, presumidamente, ainda existem três assim distribuídos: dois na Praça Marcílio Dias, no interior do CEP e um na Praça Almirante Júlio de Noronha.

 

1913 – Início da construção da atual fortificação

O Forte atual, construído entre 1913 e 1919, foi erguido sob as ruínas do antigo Forte do Vigia. Devido a sua posição geográfica foi artilhado com obuseiros, armamentos que se destinam a transpor altas barreiras, completando, assim, o sistema defensivo do porto do Rio de Janeiro, constituindo importante baluarte na defesa de nossa cidade à época. O Forte do Vigia foi guarnecido pela 6ª Bateria do 2° Batalhão de Artilharia de Posição (6ª/2° BAPos).

 

1919 – Entrega oficial do Forte do Vigia

As obras do aquartelamento, que engloba o quartel de guerra e o quartel de paz (situado na base do Morro do Leme), ficaram prontas em 12 de novembro de 1918, sendo oficialmente entregue em 21 de janeiro de 1919.  Passou a denominar-se 2ª Bateria Isolada de Artilharia de Costa (2ª BIsAC) e Forte do Vigia, vindo a ser extraído seu primeiro Boletim Interno (Bol Int) em 24 de julho de 1919, data em que passou a ser comemorado o aniversário do Forte do Vigia (FDC) até a sua desativação, em 1965.

 

 

1922 - Revolta do Forte de Copacabana

Na noite de 4 para 5 de julho de 1922, a maioria do pessoal da Unidade, sob as ordens do Comandante dirigiu-se para o Forte de Copacabana, levando consigo armamento portátil e munição para defender a fortificação localizada no outro lado da orla de Copacabana, que encontrava-se ameaçada.

Aqui cabe o registro dos primeiros tiros reais de exercício (24 disparos) realizados, nos dias 6 e 12 de outubro de 1922, sobre as ilhas de Cotunduba, Palmas e Cagarras, usando-se o tubo redutor de 105 mm C/20 TR, adaptados aos obuseiros de 280 mm, e obtendo-se resultados satisfatórios.

 

1924 - Encouraçado São Paulo

A primeira missão real de tiro com os obuseiros ocorreu durante a Sublevação do Encouraçado São Paulo, em 4 de novembro de 1924, cabendo à peça de n° 7 a sua execução.

 

 

1930 – O Navio Baden

A ação da 2ª BIAC ocorreu no dia 24 de outubro, por volta das 17h30min, quando o Navio mercante Baden, de origem alemã, desobedecendo ao sinal de “barra impedida” executado pela FSC, foi bombardeado com dois tiros de advertência pela 2ª BIAC, sendo atingido no último. O Baden teve seu mastro destruído e, com mortos e feridos a bordo, precisava retornar ao porto.

 

1935 – Mudança do nome para Forte Duque de Caxias

Em 22 de agosto de 1935, o Presidente Getúlio Vargas, pelo Decreto n° 305, a fim de homenagear a figura do Marechal Luis Alves de Lima e Silva, mudou a denominação de Forte do Vigia para Forte Duque de Caxias, conforme a seguinte exposição de motivos:

"O Presidente da República dos Estados Unidos do Brasil, considerando: que o Forte do Vigia, iniciado pelo Marquês do Lavradio, entre outras obras de Defesa da Capital, é moderna obra de Fortificação do País; que ligar ao nome desse Forte, o de vulto insigne, quer como soldado, quer como cidadão, é perpetuá-lo através do tempo e gerações; que ao Marechal Luiz Alves de Lima e Silva, Duque de Caxias, a maior homenagem fica sempre aquém dos serviços prestados á Nação; Decreta: Artigo único: Chamar-se-á “Duque de Caxias” o Forte do Vigia em homenagem ao ínclito soldado, marechal Luiz Alves de Lima e Silva, revogadas as disposições em contrário."

 

1945 - 2ª Guerra Mundial

Durante a 2º Guerra Mundial o Forte Duque de Caxias esteve em prontidão.

Duas cerimônias realizadas no Forte, no ano de 1945, merecem ser registradas: a primeira ocorreu em 26 de julho, com a finalidade de condecorar militares brasileiros e norte-americanos que haviam integrado a 10ª Divisão de Montanha Norte-Americana, na 2ª GM, e contou com a presença de inúmeras autoridades militares, incluindo o Gen Anôr Teixeira dos Santos, Diretor da Artilharia de Costa; a segunda, foi realizada em 28 de agosto, contando com o efetivo total de setecentos e oitenta e cinco homens, com a finalidade de entregar condecorações brasileiras e francesas (Cruz de Guerra Brasileira, Legião de Honra e Cruz de Combate Francesa). O Presidente Getúlio Vargas, acompanhado pelo Ministro da Guerra, Gen Pedro Aurélio de Góes Monteiro e pelo Embaixador da França esteve a frente desta cerimônia.

 

1955 - Intervenção do Cruzador Tamandaré

O FDC  abriu fogo contra o Cruzador Tamandaré (possuía 185,4 m de comprimento total e sua bateria principal de artilharia era composta de cinco torres tríplices de canhões telecomandados de 47 mm), que “forçou” a saída da barra, não atendendo à sinalização de sua interdição, nem tão pouco aos tiros de advertência feitos pelas Fortalezas de Santa Cruz e São João e pelo Forte Duque de Caxias.

 

1965 – Desativação do Forte Duque de Caxias

Desativado em 1965, o Forte passou a sediar o Centro de Estudos de Pessoal (CEP). Estabelecimento de Ensino do Exército Brasileiro, voltado ao estudo e à pesquisa na área do comportamento humano, que prosseguiu na nobre missão de preservar o Sítio Histórico Forte Duque de Caxias, tendo sua denominação alterada, em 2008, para Centro de Estudos de Pessoal e Forte Duque de Caxias.

 

1987 – O FDC foi tombado

O Forte foi tombado pelo Conselho Municipal de Cultura em 1987, por meio do Decreto Municipal nº 6.933/87.

 

2010 – Revitalização do FDC

Em 2010, o sítio histórico do Forte Duque de Caxias sofreu importante processo de revitalização, tanto no que se refere ao acervo histórico quanto à parte estrutural. O sítio histórico possui: 4 obuseiros, galerias com exposições fixas sobre a história do Forte e da área de Proteção Ambiental, sala de vídeo com exibição de filmetes sobre o Forte e espaço para exposições temporárias sobre o meio ambiente. Após a revitalização, passou a dispor, também, de um memorial a Caxias.

 

2021 – O FDC hoje

Hoje o Forte Duque de Caxias é um monumento que contribui para divulgação dos valores históricos-culturais do Exército. É destinado à visitação pública, sendo um dos mais relevantes pontos turísticos da cidade do Rio de Janeiro.

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